No dia 25 de fevereiro de 2025, um incidente envolvendo a Vila Vicentina de Abaeté gerou debates acalorados na comunidade local. Um idoso de 72 anos, residente da instituição há uma década, foi desligado sob circunstâncias controversas.
Denúncia da filha
Cíntia Caroline, filha do idoso, utilizou sua conta no Facebook para expressar indignação com a situação. Segundo ela, seu pai foi colocado em um táxi e enviado para sua residência sem aviso prévio, sem camisa e com pertences mínimos. Como não estava em casa no momento, o taxista retornou com o idoso à Vila Vicentina, onde encontrou as portas trancadas. Cíntia também relatou que seu pai passou meses confinado em um quarto com varanda gradeada, sem limpeza adequada e com alimentação fornecida por debaixo da grade. Ela afirmou ter feito denúncias de maus-tratos que não foram investigadas e justificou não poder cuidar pessoalmente do pai devido a limitações financeiras e de saúde.
Posicionamento da Vila Vicentina
Em resposta, a Vila Vicentina emitiu uma nota de esclarecimento em suas redes sociais. A instituição afirmou que o idoso estava em processo judicial sem decisão formal e que, no ano anterior, cometeu atos indisciplinares que comprometeram a harmonia do local, levando ao seu desligamento. A Vila declarou ter permanecido disponível para que a família providenciasse a assistência necessária, mas isso não ocorreu. Recentemente, o próprio interno teria manifestado desejo de retornar ao convívio familiar. A instituição ressaltou que o idoso não possuía comorbidades intelectuais que justificassem interdição e que todas as decisões respeitaram sua autonomia. A Vila Vicentina assegurou seguir diretrizes estabelecidas em seu estatuto e no Estatuto do Idoso, mantendo transparência e documentação disponível para órgãos fiscalizatórios competentes.
Repercussão e próximos passos
O caso gerou comoção na comunidade de Abaeté, levantando debates sobre os direitos dos idosos e a responsabilidade das instituições de acolhimento. Até o momento, não há informações sobre intervenções de autoridades locais ou órgãos de fiscalização. A família busca justiça e esclarecimentos sobre o tratamento dado ao idoso, enquanto a Vila Vicentina mantém sua posição conforme a nota oficial.
