
Elas são mulheres que desafiam os limites, transformam adversidades em oportunidades e escrevem suas histórias com resiliência e propósito. Através de suas trajetórias singulares, Mariana Nicoli (Abaeté), Cláudia Oliveira (Paineiras), Munique Priscila (Morada Nova de Minas), Tamires Alves (Quartel Geral), Ana Cláudia Ribeiro (Cedro do Abaeté), Maria Cristina de Sousa (Dores do Indaiá), Aparecida Caiçara (Biquinhas), Renata Noronha (Martinho Campos) e Karlla Menezes (Pompéu) demonstram que a força feminina é um pilar fundamental no desenvolvimento de suas comunidades. Suas vivências, marcadas por desafios e conquistas, se entrelaçam em um fio condutor de coragem e comprometimento.
A REDESCOBERTA DA VIDA ATRAVÉS DA SUPERAÇÃO
Com a palavra, Mariana Nicoli, de Abaeté:

“Em dezembro de 2023, durante uma consulta de rotina com minha ginecologista, fui questionada sobre minha saúde. Naquele momento, mencionei que estava percebendo um pouco de sangue nas fezes. Sem hesitar, ela me pediu um exame de colonoscopia com urgência. Mas, com a correria do dia a dia e os compromissos de fim de ano, fui deixando para depois, achando que estava tudo bem.
Somente no dia 4 de abril de 2024 fiz o exame. E foi ali que o médico me disse que precisa retirar esse pedaço no intestino que não estava bom. Tinha um tumor no meu intestino. A notícia foi um choque. Entrei em desespero, chorei muito e muitos pensamentos ruins. Mas eu não tinha tempo a perder. Precisava reunir forças para enfrentar tudo aquilo.
Em apenas 25 dias, fiz todos os exames necessários, passei pelo risco cirúrgico e tive a autorização do meu plano de saúde para a cirurgia. Passei meu aniversário de 41 anos no hospital. Retirei 15 centímetros do meu intestino. Hoje, olho para minha cicatriz com orgulho – ela representa minha vitória, meu renascimento.
Às vezes, precisamos passar por dores, sofrimentos e tristezas que, naquele momento, não fazem sentido. Mas lá na frente, Deus nos dá as respostas. Eu ressignifiquei minha história. Entendi que precisava passar por tudo isso para fortalecer minha fé, sair da minha zona de conforto e viver mais no presente. Aprendi a dar valor às pequenas coisas, a enxergar a grandiosidade nos momentos mais simples e, acima de tudo, a aproveitar mais os meus filhos.
O corpo sempre dá sinais, mas, no piloto automático da vida, muitas vezes não paramos para nos observar. Se eu não tivesse prestado atenção ao que meu corpo estava me dizendo, talvez, quando descobrisse, já fosse tarde demais. Após a recuperação, passei por uma oncologista para avaliação final. Havia a possibilidade de precisar de quimioterapia ou radioterapia, mas, graças a Deus, a cirurgia foi suficiente. Estou curada e essa experiência me transformou para sempre”.
EMPREENDEDORISMO E AÇÃO SOCIAL
Claudia Oliveira, de Paineiras

“Sou mãe atípica. Meu filho, que completa 21 anos agora em abril, tem síndrome do X-frágil e autismo. Durante 24 anos, morei em Brasília e busquei oferecer a ele os melhores tratamentos possíveis. Com a chegada da pandemia, decidi retornar para Paineiras em busca de mais qualidade de vida para nossa família. Sou empresária no ramo de calçados e, ao longo dessa trajetória, enfrentei muitos desafios — sempre com o foco no bem-estar do meu filho.
Minha decisão de entrar para a política surgiu da constatação de que não havia qualquer discussão sobre pessoas com deficiência e autistas na Câmara Municipal. Vi a necessidade de ocupar um espaço para dar voz a essas pautas. Comecei do zero, contando apenas com o apoio de amigos, sem vínculo partidário ou estrutura formal.
Tenho uma filha de 28 anos, que é fotógrafa, e o apoio incondicional do meu esposo, que tem sido fundamental nessa caminhada — nada leve — que temos trilhado juntos. Há oito anos, nossa família realiza um trabalho social em Paineiras, beneficiando diversas famílias da região. Esse projeto começou ainda antes do nosso retorno à cidade.
Criamos também um tênis com o símbolo do autismo, cuja renda é destinada a instituições que apoiam pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Quando morávamos em Brasília, toda arrecadação era direcionada para lá; hoje, parte dos recursos é destinada a instituições de Paineiras.
Minha trajetória no empreendedorismo começou em Brasília, quando precisei abrir mão de dois concursos públicos para me dedicar integralmente ao cuidado do meu filho, especialmente nos primeiros anos de vida dele. Tudo começou de forma simples: comprei duas rasteirinhas para mim e decidi vendê-las. O lucro me permitiu reinvestir, e assim fui crescendo, passo a passo. Anos depois, em parceria com minha filha, criamos nossa própria marca, hoje registrada e consolidada no mercado há mais de oito anos.
Cheguei a ter três lojas físicas em Brasília, mas, ao retornar para Paineiras, fechei os pontos e passei a atuar apenas online. Atualmente, vendemos nossos produtos pela Shein, Shopee e por nosso site próprio, administrado pela Marília.
Um dos principais motivos que me motivaram a entrar para a política foi a urgência em garantir acesso a tratamento para famílias atípicas da região. Mesmo antes de ocupar um cargo público, já havia viabilizado investimentos para a cidade, incluindo uma obra importante: a de Abeebe.
Mais recentemente, consegui aprovar um projeto essencial para nossa comunidade: a criação de um centro multidisciplinar, já sancionado pelo prefeito. Meu maior objetivo é assegurar que mães atípicas tenham qualidade de vida — esse é o mínimo que podemos oferecer. Quero que elas tenham as mesmas oportunidades que eu tive”.
ENTRE A MAQUIAGEM E A SUPERAÇÃO
Renata Noronha, de Martinho Campos:

“Sou Renata Noronha, de Martinho Campos, e há mais de 14 anos me dedico ao universo da maquiagem, uma paixão que transformei em profissão. Sou mãe de três filhos que são meu tudo: Luiza, de 12 anos, João, de 2, e Kiara, de 1 aninho. Minha trajetória é marcada por muitos desafios, superações e por uma força que eu nem sabia que tinha — até a vida me mostrar.
Comecei a trabalhar aos 16 anos e, aos 18, tive minha primeira filha. Conciliar a maternidade com a profissão foi desafiador, mas contei com o apoio fundamental dos meus pais. A vida seguiu seu curso até que, com a chegada do João, tudo mudou. Ele nasceu com a Sequência de Pierre Robin, uma má-formação congênita que exigiu cuidados médicos intensivos desde o nascimento. Ele ficou internado até os três meses de vida, e esse período foi um verdadeiro teste de resistência para mim e toda a minha família.
Depois de muito esforço, comecei a reencontrar um certo equilíbrio entre ser mãe e seguir na carreira. Mas a calmaria durou pouco. Quando minha caçula, Kiara, tinha apenas um mês, recebi uma das notícias mais difíceis da minha vida: João foi diagnosticado com câncer. Mais uma vez, minha vida virou do avesso. Precisei deixar o trabalho de lado para me dedicar totalmente ao tratamento dele. Foram dias intensos, entre UTI, a bebê nos braços, e a saudade imensa da minha filha mais velha, que estava em outra cidade.
Mesmo diante de tantas provações, nunca perdi a fé. Tive o apoio incondicional do meu marido e dos meus pais, e com coragem, enfrentei cada obstáculo. Hoje, olhando para tudo o que passamos, sei que faria tudo de novo pelos meus filhos. Como costumo dizer: “Para o mundo, você pode ser apenas uma pessoa, mas para alguém, você é o mundo inteiro.”
Essa é a minha história — feita de amor, resiliência e entrega. Entre pincéis, lágrimas, sorrisos e muita esperança, sigo em frente, com o coração cheio de gratidão e a certeza de que cada batalha valeu — e vale — a pena.”
UMA JORNADA DE EMPATIA E LIDERANÇA
Munique Priscila – Morada Nova de Minas:

“Meu nome é Munique Priscila da Silva, nasci em 23 de outubro de 1988, em Morada Nova de Minas. Fui criada por minha mãe, Maria de Fátima, e cresci com o apoio da minha família. Comecei a trabalhar cedo, na padaria do meu tio Calanguinho, e aos 17 anos entrei para a portaria do Hospital Casa de Caridade São Sebastião, onde iniciei uma jornada de crescimento pessoal e profissional.
Ali, aprendi o valor da empatia e percebi o quanto uma palavra amiga pode impactar a vida de alguém. Fiz curso técnico em Segurança do Trabalho e atuei também na área administrativa, mas a recepção sempre foi meu ponto de conexão com as pessoas.
Durante uma crise no hospital, me mobilizei para buscar doações e apoios que ajudassem a evitar o fechamento da instituição. Foi nesse momento que me aproximei do meio político, inicialmente sem intenção de seguir esse caminho. Mas Deus foi abrindo portas, e, junto à deputada Graciela Elias, conseguimos uma verba que ajudou a manter o hospital funcionando.
O reconhecimento desse trabalho resultou no convite para me candidatar à vereadora. Com apoio da comunidade, da minha família e, especialmente, da minha mãe, fui eleita a vereadora mais votada da história de Morada Nova em 2020, com 945 votos, e reeleita em 2024 com 776 votos.
Minha atuação é voltada principalmente à saúde, mas procuro olhar por todas as áreas. Luto pelas mães, pelas mulheres e por todos que precisam de um atendimento digno. Acredito que a política é uma missão de serviço, e que o toque feminino — com empatia, paciência e capacidade de execução — é essencial para a transformação da nossa sociedade.
Sou grata a Deus, à minha família, aos amigos, ao meu padrinho Messias (in memoriam) e a todos que torcem por mim. Continuo firme, com fé, coragem e disposição para lutar pelo bem da nossa cidade”
O PODER DA MATERNIDADE ATÍPICA E A LUTA POR INCLUSÃO
Tamires Alves, Quartel Geral:

“Meu nome é Tamires, tenho 37 anos e moro em Quartel Geral. Trabalhei como funcionária pública por 12 anos e hoje sou mãe atípica da Maria Ayla, de 3 anos e 8 meses, que tem paralisia cerebral devido a complicações no parto. Assim que nasceu, Maria precisou de suporte intensivo e foi transferida para a CTI do Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, enquanto eu permanecia internada no Hospital de Dores do Indaiá.
Três dias após o nascimento, recebi a notícia devastadora de que Maria estava em coma, entubada, sem resposta às medicações e que, segundo os médicos, nada mais poderia ser feito. Em meio ao desespero, minha mãe me incentivou a não desistir e a falar com minha filha. Passei a rezar incessantemente, pedindo que ela ficasse comigo, independentemente de qualquer sequela. E então, ao tocar seu pezinho, ela reagiu, saindo do coma. Para mim, foi um verdadeiro milagre.
Mesmo após despertar, Maria permaneceu 76 dias internada em estado grave, precisando de traqueostomia e gastrostomia devido às dificuldades de deglutição. O sofrimento era intenso, e em certo momento, a dor me fez perder as forças, chegando a pedir a Deus que nos levasse. Mas a corrente de orações da minha cidade me fez repensar e renovar minha fé. Pedi perdão a Deus e à minha filha por aquele momento de fraqueza. E, milagrosamente, Maria começou a melhorar até que, enfim, recebemos a tão sonhada alta.
Hoje, Maria segue em acompanhamento e terapias. Ela é minha força e minha luz. Apesar do preconceito e da falta de informação sobre paralisia cerebral, sei que minha filha não é “doentinha” nem “coitada”. Ela é uma criança feliz, cheia de vida, e merece respeito.
A paralisia cerebral não é doença, não contamina. É uma condição de vida. E eu precisava ser mãe da Maria para evoluir como ser humano. Ela me ensina todos os dias sobre fé, amor e superação. Sou grata a Deus por ter me dado a missão de cuidar da minha filha. Escolhi viver para ela, e não há escolha mais certa”.
CULTURA, MEIO AMBIENTE E ENGAJAMENTO COMUNITÁRIO
Maria Cristina de Sousa, de Dores do Indaiá:

Nasci em 28 de maio de 1967, em Dores do Indaiá, Minas Gerais. Sou filha de Ofli de Sousa Filho e Helena Alves de Sousa. Desde cedo, me interessei por cultura, educação e meio ambiente — áreas nas quais venho construindo uma trajetória sólida e com grande impacto social.
Sou professora aposentada da rede estadual de ensino de Minas Gerais, mas continuo atuando como técnica ambiental na prefeitura de Dores do Indaiá, além de trabalhar como produtora cultural e escritora. Meu trabalho é guiado pelo compromisso com a valorização das tradições locais e o desenvolvimento sustentável da nossa região.
Na empresa Anuncia Maria da Cruz, me dedico à elaboração e gestão de projetos culturais e ambientais, sempre com foco no fortalecimento da identidade cultural e na preservação do patrimônio histórico e natural. Como produtora de eventos, tenho um papel ativo na organização de diversas iniciativas, como a ExpoDores — tombada como patrimônio imaterial de Dores do Indaiá — e projetos como Cine Teatro Indaiá, Fé na Roça, Salada Cultural e Sala do Artista.
Também atuo como presidente do Zacarias Futebol Clube, vice-presidente da Associação Congadeira do Bairro Juiz de Fora e sou cofundadora da ONG Sol Crescente, voltada para ações comunitárias. No Sindicato Rural de Dores do Indaiá, sou agente de desenvolvimento rural, promovendo iniciativas voltadas ao fortalecimento do setor agrícola local.
Como contadora de histórias, levo cultura e entretenimento às crianças, resgatando narrativas populares e incentivando o gosto pela literatura. Em 2025, dei início ao programa de rádio “Bora Ser Feliz”, onde compartilho histórias, entrevistas e reflexões sobre cultura, meio ambiente e bem-estar. Também coordeno o projeto CAPACITA-ME, no qual ministro pequenos cursos de formação profissional, como oratória, saneamento básico, resíduos sólidos, entre outros.
Minha trajetória é marcada pela dedicação à cultura, ao meio ambiente e ao fortalecimento comunitário. Tenho orgulho de contribuir com o desenvolvimento sustentável da minha região e de ser reconhecida como uma das referências locais na área da produção cultural.”
O OLHAR SOCIAL NA COMUNIDADE
Karlla Menezes Martins Cordeiro, de Pompéu:

“Nasci em 16 de janeiro de 1974, filha de Maria Adailma Meneses e Armando Alves Martins. Sou casada com Geraldo Otacílio Cordeiro e mãe de duas filhas que são meu orgulho: Luiza e Beatriz. Sou formada em Administração e Serviço Social, e minha trajetória sempre foi guiada pelo compromisso com o bem-estar social e a melhoria da qualidade de vida da comunidade pompeana. Desde 16 de fevereiro de 2000, atuo como Supervisora da Assistência Social na empresa Agropéu. Lá, me dedico à gestão de ações sociais por meio do DAS – Departamento de Assistência Social, à administração de benefícios oferecidos aos colaboradores e à organização de eventos promovidos pela empresa.
Minha atuação, no entanto, vai além do ambiente corporativo. Tenho uma grande paixão por causas sociais e sou uma defensora incansável da justiça social e do apoio ao próximo. Tenho orgulho de criar, implementar e patrocinar projetos sociais gratuitos que beneficiam Pompéu e toda a região, sempre com o objetivo de transformar vidas e gerar um impacto positivo na sociedade.
Acredito profundamente que é essencial incentivar projetos sociais gratuitos, especialmente aqueles voltados ao esporte e à cultura, com foco em crianças e adolescentes. Esses projetos contribuem para o desenvolvimento físico, mental e social, promovem disciplina, autoconfiança, respeito ao próximo e tantos outros valores importantes. Para crianças em situação de vulnerabilidade, essas iniciativas podem significar uma verdadeira transformação em suas vidas, mostrando que realizar sonhos é possível com dedicação.
Tanto dentro quanto fora da empresa, sinto-me honrada pelo reconhecimento da minha dedicação e compromisso com as causas sociais. Acredito que todos os dias nos oferecem uma nova chance de fazer a diferença no mundo e ajudar quem mais precisa. Com determinação, garra, humildade e empatia, sigo nesse caminho, com a esperança de inspirar outras pessoas e promover mudanças reais na minha comunidade.”
EDUCAÇÃO, COMPROMISSO E SUPERAÇÃO
Aparecida Caiçara, de Biquinhas:

“Sou Maria Aparecida Mendes de Souza, mais conhecida como Aparecida Caiçara, um pseudônimo familiar. Cheguei a Biquinhas em 1972, logo após concluir o curso normal colegial na ITE. Desde então, dediquei minha vida à educação.
Atuei como professora nas quatro primeiras séries, com um foco especial na alfabetização, área pela qual sempre tive grande apreço. Trabalhei com diversas turmas, incluindo alunos com dificuldades de aprendizagem, obtendo resultados muito positivos. Posteriormente, lecionei para turmas de quinta a oitava séries e ensino médio. Durante esse período, me habilitei em pedagogia e obtive qualificação para lecionar matérias pedagógicas no ensino médio, uma área que não existia anteriormente, além de atuar em orientação educacional para o ensino fundamental e médio e inspeção escolar.
Ao longo da minha trajetória, fui diretora do ensino médio, orientadora do ensino fundamental e professora, funções que exerci até minha aposentadoria, sempre ingressando nos cargos por meio de concurso público. Além disso, atuei na inspeção escolar por oito anos, período em que trabalhei em diversas localidades, incluindo a zona rural de Abaité, Biquinhas, Morada Nova e Martinho Campos. Sempre me esforcei para ser justa e agir com honestidade, seguindo a legislação vigente.
Sou mãe de duas filhas. Minha filha mais velha é médica, com residência em cirurgia geral na Universidade Federal de Ouro Preto e especialização em endoscopia e cirurgia bariátrica em Petrópolis. Minha filha mais nova é advogada, especializada em direito trabalhista, área pela qual tem grande paixão.
Vivi em Biquinhas todos esses anos, sempre buscando integração com a cidade e enfrentando desafios, especialmente na educação, onde a influência política frequentemente interfere. Minha postura sincera e meu compromisso com a justiça me tornaram alvo de perseguições, mas sempre segui de cabeça erguida, enfrentando e superando diversas dificuldades.
Em 2019, sofri um acidente doméstico que resultou em uma lesão medular. Passei três anos acamada e recebi um diagnóstico de que não voltaria a caminhar. No entanto, com esforço e suporte adequado, hoje consigo me locomover com auxílio de um andador e realizar atividades básicas. Minha vida mudou significativamente, mas sou grata a Deus por estar viva e em recuperação.
Sou filha de fazendeiros e cresci em uma família de dez irmãos. Fomos educados com rigor, o que nos proporcionou uma formação sólida. Meus pais, apesar da simplicidade, sempre valorizaram o trabalho e a educação, ensinando-nos a dar valor a tudo na vida. Graças a esses ensinamentos, todos nós estudamos, formamos nossas famílias e seguimos nossos caminhos com dignidade.
Agradeço a Deus pela minha família, pelo apoio incondicional do meu marido e pelas minhas filhas, que são os verdadeiros anjos da minha vida.”
EDUCAÇÃO E COMPROMISSO COM A FAMÍLIA
Ana Claudia – Cedro do Abaeté:

“Sou Ana Cláudia Ribeiro Moreira, nasci em 21 de junho de 1969 em Cedro do Abaeté, aposentei neste ano de 2025 como professora das Escolas Municipal e Estadual de Cedro.
Sempre morei aqui em Cedro, estudei aqui até concluir o Ensino Fundamental, dps conclui o Ensino médio em Abaeté na escola CNEC. Fiz faculdade nas cidades de Luz, Formiga, Patrocínio; Jaboticabal e Barretos no estado de São Paulo e no Rio de Janeiro.
Trabalhei na escola de Cedro do Abaeté, onde aposentei. Trabalhei algum tempo na Prefeitura de Cedro do Abaeté, como Tesoureira, em seguida fui trabalhar na Escola onde lecionei desde a Educação Infantil, Anos Iniciais, ensino fundamental e Ensino Médio.
Sou casada, tenho 4 irmãs e um irmão, não tenho filhos, moro com minha mãe, minha irmã que é especial e meu marido, perdi meu pai qdo tinha 16 anos, morreu devido à doença de Chagas.
Atualmente ajudo minha mãe a cuidar da minha irmã Vera que tem sequelas de encefalite e hoje já tem 59 anos. Minha mãe já possui 82 anos e devido à idade avançada requer uma ajuda constante pois minha irmã Vera é muito dependente. Meu dia a dia resume em auxiliar minha mãe e minha irmã em tudo que elas necessitam. Meu marido ajuda na medida do possível.
Sou católica, catequizada por minha vó materna, minha mãe e minha professora de catecismo “Dona Maria do Carmo”, fui Ministra da Palavra e da Eucaristia aqui em Cedro. Enquanto mais jovem participei como membro (secretária)da Sociedade São Vicente de Paulo, na qual meu vô materno era membro tbm(tesoureiro), aqui em Cedro.
Sempre fui muito dedicada à todas as atribuições a mim concedidas, tanto no trabalho como em qualquer outras situações propostas a minha pessoa.”
Fotos: Ana Pimenta
