Aiko. Um nome japonês que significa “amor que vem do coração”. É assim que ela se apresentou, com delicadeza e educação, quando nos aproximamos do espaço que montou na rodoviária de Abaeté, onde vive há mais de um ano.
Apaixonada por histórias mágicas, Aiko mistura fantasia e realidade em seu relato à jornalista Christiane Ribeiro. Por isso, nem tudo que conta corresponde aos fatos — reflexo de um transtorno mental que ela não reconhece. Ainda assim, nos recebeu com simpatia e abriu um pouco de seu mundo invisível.
A reportagem procurou o Creas, onde ela é acompanhada, mas por questões éticas, não houve autorização para repasse de informações. A equipe do CAPS já ofereceu acolhimento, mas Aiko preferiu permanecer onde está.
Esta entrevista é um convite à empatia, à escuta e ao respeito. Porque mesmo entre caixotes e silêncios, há humanidade. E há histórias que merecem ser contadas.
Imagens: Gabi Silva
Reportagem / edição: Christiane Ribeiro