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A história da estação ferroviária de Martinho Campos

Você sabia que Martinho Campos já teve uma estação ferroviária? Pois é. No passado, os trilhos cortavam o município, conectando a cidade ao interior de Minas e ao desenvolvimento. Hoje, a estação não existe mais — restam apenas os pilares da antiga ponte de ferro sobre o Rio Pará e uma praça que homenageia o passado: a Praça da Estação.

O apito que anunciava progresso
A antiga estação fazia parte da lendária Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM), que começou a operar em 1880. Os trilhos chegaram a Martinho Campos em 1892, ainda sob o nome de Abadia de Pitangui, como era conhecida a vila na época. A estação recebeu justamente o nome de Abadia e, mais tarde, com a emancipação da cidade em 1939, o nome Martinho Campos passou a ser oficial.

A ferrovia foi símbolo de progresso e conexão. Era por ela que pessoas, mercadorias e histórias circulavam, aproximando cidades como Pitangui, Bom Despacho, Lavras e outras regiões.

Da ativa à lembrança
Com o passar dos anos, os trens perderam espaço para os ônibus. Na década de 1950, os próprios moradores de Martinho Campos já preferiam se deslocar até Bom Despacho para seguir viagem até Belo Horizonte, em vez de embarcar nos vagões locais.

Em 1962, a linha ferroviária foi desativada no trecho entre Martinho Campos e Barra do Paraopeba. Dois anos depois, em 14 de junho de 1964, a estação foi oficialmente fechada. A estrutura resistiu até o fim da década de 1980, quando foi demolida.

Hoje, só resta a memória. No lugar onde os trens paravam, existe a Praça da Estação — um espaço de convivência que conserva o nome, mas já não carrega os trilhos.

A ponte que ficou
Um dos símbolos mais marcantes daquele tempo ainda pode ser visto: são os pilares da antiga ponte de ferro sobre o Rio Pará. A estrutura que já sustentou locomotivas agora repousa silenciosa no leito do rio, como lembrança do tempo em que Martinho Campos fazia parte da malha ferroviária mineira.

Ibitira preservou
Diferente da sede do município, o distrito de Ibitira optou por preservar parte dessa história. Em 2022, a estação ferroviária de lá foi restaurada pela Prefeitura Municipal e transformada em um museu.

A importância de olhar para trás
Conhecer e preservar a história das ferrovias é mais do que saudosismo — é reconhecer o quanto essas linhas moldaram o desenvolvimento de cidades como Martinho Campos. Embora os trilhos não cruzem mais a cidade, é essencial manter viva essa memória e valorizar o passado que ajudou a construir o presente.

Fonte: Estações Ferroviárias do Brasil – http://www.estacoesferroviarias.com.br/rmv_efom/martinho.htm
Fotos: Fonte: Estações Ferroviárias do Brasil – http://www.estacoesferroviarias.com.br/rmv_efom/martinho.htm / Marcus Vinicius / site amomartinhocampos

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