O povoado de Buriti Grande, em Martinho Campos, tem suas raízes no século XIX, quando famílias vindas de Luz se estabeleceram na região. Entre os pioneiros estavam Antônio Caetano de Medeiros, sua esposa Maria Cândida Mesquita e João Mesquita, conhecido como “João Novato”. Foi na década de 1870 que surgiu um dos primeiros marcos da religiosidade local: uma cruz erguida no alto do espigão, chamada Santa Cruz, onde a comunidade se reunia para rezar terços e celebrar missas.

Com o passar do tempo, cresceu o desejo de construir uma capela. Em 1902 teve início a obra, que foi concluída no ano seguinte. A inauguração aconteceu em 30 de agosto de 1903, com a bênção da imagem de Santa Rosa de Lima, escolhida como padroeira do lugar. A imagem foi doada por Rosalina Teodora da Costa, fazendeira do Engenho do Ribeiro, e a construção contou com a participação de moradores e fazendeiros da região.
As festas de Santa Rosa, celebradas anualmente no fim de agosto, tornaram-se tradição e símbolo da fé da comunidade. Durante décadas, a capela permaneceu em meio à solidão do campo, até que em meados do século XX novos moradores começaram a se fixar em torno dela. O marco desse crescimento foi a instalação de um comércio por João Firmino Milo, na década de 1940, e, logo em seguida, a criação de uma escola municipal pelo então prefeito Olavo Alves Pinto.
Em 1957, no mandato do prefeito Joaquim Afonso de Carvalho, a Escola Estadual Deputado Emílio Vasconcelos Costa foi inaugurada, com estrutura típica federal, duas salas de aula, galpão e terreno cercado. Desde então, a instituição tornou-se referência para a comunidade e atraiu moradores para os arredores da capela.
Hoje, Buriti Grande mantém viva sua história de fé e união, tendo na capela de Santa Rosa de Lima e na escola seus principais símbolos de identidade e desenvolvimento.
Informações: página do Facebook “Buriti Grande – MG”