No dia 12 de junho, o município de Cedro do Abaeté realiza a 11ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, com uma programação especial no Centro Cultural. A partir das 18h, o público poderá participar do lançamento de cartões postais sobre o patrimônio local, de uma homenagem ao autor do hino da cidade, de uma palestra sobre a história do município e do lançamento do livro “Nova Lorena Diamantina – História e Memórias de Cedro do Abaeté”.

Em entrevista a Letícia Barros, do Nosso Jornal, o coordenador municipal de Cultura, Ademir Júnior de Andrade Borges, explica os destaques da programação e ressalta a importância da valorização da memória local.
Nosso Jornal: Quais critérios foram utilizados para escolher os bens culturais e patrimoniais representados nos cartões postais?
Ademir Júnior: Os bens patrimoniais foram escolhidos conforme sua importância, relevância cultural e representatividade para o município — como o Retábulo Franciscano e a Igreja de São Vicente de Paulo. Também incluímos elementos que são pouco conhecidos pela população, mas que possuem proteção cultural, como a extração e produção de mel e a Cachoeira do Nico.




NJ: Qual é a proposta do lançamento dos postais?
AJ: A ideia é permitir que moradores e visitantes levem uma lembrança afetiva do município. E existe algo mais simbólico do que um postal? É uma excelente forma de divulgar a cultura local, enviar aos amigos e espalhar nossa identidade por diversas cidades, estados e até pelo mundo.
NJ: A programação também inclui uma homenagem ao autor do hino da cidade. Qual foi a principal contribuição de Marlon Matias de Faria para Cedro do Abaeté?
AJ: O Sr. Marlon foi uma figura notável: escritor, dentista, poeta, professor e biólogo. Uma personalidade multifacetada que deixou um legado valioso em várias áreas. A principal contribuição dele para a cultura de Cedro foi o hino municipal, que ele compôs com sensibilidade e profundo amor pela terra natal.
A letra do hino celebra a história, os valores e a beleza do nosso povo, fortalecendo o sentimento de pertencimento e a memória coletiva. Ele é cantado em eventos cívicos, escolares e comemorativos, sendo uma expressão viva da identidade cedrense. Marlon deu voz à alma do nosso município.
NJ: Durante a palestra “Raízes do Cedro”, como foram levantadas as informações históricas? A comunidade participou da pesquisa?
AJ: Sim, essa palestra é fruto de uma pesquisa extensa realizada por Pedro Henrique de Almeida Andrade ao longo de dez anos. Ele utilizou fontes documentais, como arquivos municipais, fotografias antigas, jornais e registros oficiais, mas também contou com as chamadas fontes orais.
A comunidade teve participação ativa por meio da página do Facebook “História de Cedro do Abaeté”, onde moradores compartilharam relatos, documentos e objetos que ajudaram a enriquecer a narrativa. É uma construção coletiva que revela o quanto nossa memória é viva e cheia de significados.
NJ: Quais histórias ou curiosidades do livro “Nova Lorena Diamantina” você destacaria?
AJ: O livro reúne diversas histórias marcantes, mas eu destacaria a narrativa sobre a formação do povoado de Cedro do Abaeté e seus primeiros fundadores. É um capítulo fundamental para quem deseja entender as origens da nossa cidade.
A obra é um verdadeiro resgate da memória local. Muitas vezes, nem mesmo os próprios moradores conhecem a fundo a história do lugar onde vivem. O livro vem para preencher essa lacuna, com riqueza de detalhes e afeto.
NJ: Deixe um convite final para os leitores.
AJ: Convido todos a participarem desse momento de valorização da nossa cultura. A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas é mais do que um evento — é uma celebração da nossa identidade, da nossa história e daquilo que nos une como comunidade. Será uma noite especial para refletir, aprender e se orgulhar de ser cedrense.
Fotos: Ademir Júnior
