Leishmaniose: Como proteger seu melhor amigo e evitar a disseminação da doença

A leishmaniose é uma zoonose que preocupa tanto os donos de cães quanto as autoridades de saúde pública, especialmente em regiões onde o “mosquito-palha” é comum. Essa doença, causada pelo protozoário do gênero Leishmania, afeta cães e humanos, colocando em risco a saúde coletiva. Para esclarecer dúvidas e reforçar a importância da prevenção, o Nosso Jornal.TV conversou com a médica veterinária Dra. Laura Maisa, que destacou os principais cuidados para proteger nossos companheiros de quatro patas e evitar a disseminação da doença.

Os sintomas da leishmaniose canina podem variar bastante. “A doença pode ser silenciosa e apresentar sinais tempos depois da infecção. Os sintomas mais comuns são: lesões cutâneas, como feridas, descamação e queda de pelos, perda de peso, mesmo com apetite normal, febre, cansaço, aumento dos linfonodos, crescimento anormal das unhas, vômitos, diarreia, tosse e até sangramento nasal. Além disso, também podem apresentar alterações como excesso de urina e aumento da ingestão de água”, destaca a médica veterinária.

É importante destacar que a prevenção é fundamental para manter os cães saudáveis e evitar que a leishmaniose afete os humanos. “Prevenir ainda é a melhor solução quando se trata da doença. Por isso, sempre oriento a ter alguns cuidados essenciais, que são simples, mas fazem a diferença no dia-a-dia. Sendo eles, o uso de coleiras repelentes específicas, manter o ambiente do animal limpo, principalmente sem resto de comida e seco”, alerta Laura.

Em caso de suspeitas, é necessário que o tutor busque ajuda de um profissional o mais rápido possível, para que sejam realizados exames para identificar a doença e evitar que ela seja transmitida aos humanos. Por isso, é importante manter os exames em dia, além das consultas de rotina.

A relação da doença entre cães e humanos

Os cães são os principais reservatórios urbanos do protozoário Leishmania infantum, responsável pela leishmaniose visceral. Assim, os cães infectados podem transmitir o parasita ao mosquito-palha, que, ao picar humanos, espalha a doença.

“A prevenção da leishmaniose em humanos começa com o cuidado dos cães. É importante que as pessoas se conscientizem de que é uma doença grave e que as medidas preventivas diminuem os riscos e garantem a saúde de todos. Além disso, é necessário que os cães contaminados sejam identificados para evitar a disseminação”, finaliza, a médica veterinária.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *