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Memória, fé e resistência na abertura da 3ª Festa de Nossa Senhora do Rosário

O vídeo que você assiste agora mostra um dos momentos mais simbólicos da tradição do Congado: o Lamento do Negro. Uma encenação que resgata a dura realidade do tempo da escravidão, quando os negros não podiam entrar na igreja. Eles acompanhavam seus senhores até a porta e permaneciam do lado de fora. Só após a assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Isabel, em 13 de maio de 1888, puderam, enfim, ocupar seu espaço dentro da igreja, levando junto sua fé, cultura e ancestralidade.

O Lamento marcou a abertura da 3ª Festa de Nossa Senhora do Rosário, promovida pela Irmandade do Congado Real de Abaeté, em parceria com a Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio. Este ano, a festa acontece na Igreja São Cristóvão, no bairro São Pedro.

A programação segue neste sábado com a tradicional Cavalhada. No domingo, o ponto alto é a grande procissão, que reúne diversos ternos convidados de cidades vizinhas. O cortejo sai às 14 horas da igreja Santa Clara, no bairro Bernardo Soares de Faria, em direção à igreja São Cristóvão.

A Irmandade do Congado Real de Abaeté é formada por quatro quatro guardas: Catupé de São Domingos, Congo Real Penacho, Congo Vilão e Moçambique Essência da Liberdade.

Fé, resistência e tradição que atravessam gerações.

Imagens e edição: Laura Botelho

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