Por Daiane Barbosa
O mercado imobiliário de Abaeté e região passará por transformações em 2025, devido as novas regras de financiamento e altas nas taxas de juros. Segundo o corretor Hebert Morato, que atua na cidade, as recentes mudanças no crédito imobiliário poderão impactar diretamente no setor imobiliário e exigir mais planejamento financeiro dos compradores. Desde 2 de novembro de 2024, os valores dos financiamento imobiliário sofreram alterações, passando de 80% para 70% do valor do imóvel na modalidade SAC (Sistema de Amortização Constante), onde as parcelas são decrescentes, e de 80% para 50% na modalidade de parcelas fixas (price). Isso significa que os compradores precisam dispor de mais recursos próprios para a entrada, o que pode dificultar o acesso a aquisição de imóveis de maior valor.
Além disso, os interessados em adquirir imóveis financiados devem considerar as taxas de juros, que também vem sofrendo alterações. “A taxa Selic, que atualmente está em 11,25%, deve atingir a faixa dos 12% até o fim de 2024. Isso reflete diretamente nos juros dos financiamentos, hoje entre 9% a 12,5%, dependendo da instituição financeira”, explica Morato. Ele acrescenta que a alta nos juros e os valores exigidos na entrada dos financiamentos pode gerar frustração para aqueles que estão próximos de realizar o sonho da casa própria.
Para contornar esses desafios, Hebert destaca que o mercado precisa buscar alternativas e inovações para contornar essas alterações e manter o setor aquecido. “As construtoras e empresários do ramo poderão utilizar meios que facilite o pagamento da entrada, seja através de parcelamentos, parcelas intermediárias, carência ou outros meios que evite a desistência do cliente ou que ele opte por um imóvel de menor valor”, comenta.
A expectativa para 2025, segundo Morato, é de que a economia brasileira alcance um equilíbrio em seus gastos, permitindo, assim, uma redução nas taxas de juros e uma recuperação gradual do poder de compra. “O mercado imobiliário é um dos principais pilares da economia, movimentando bilhões de reais anualmente. Se houver uma estabilização econômica nas contas públicas, as pessoas poderão elevar seu poder de compra e assim conseguir com mais facilidade adquirir o imóvel próprio”, ressalta o corretor.