Por Daiane Barbosa
A Polícia Civil de Abaeté deu um passo significativo na luta contra a violência doméstica com a criação do Cartório de Violência Doméstica, um espaço dedicado a acolher e atender mulheres vítimas de violência física, psicológica ou sexual. O cartório, implantado sob a coordenação do delegado titular da comarca, Dr. Galeno Aécio Simeão Gontijo, e conduzido pela investigadora Thaína Cardoso Melo, oferece um atendimento especializado e humanizado para as vítimas. De acordo com Thaína, que atua na comarca desde 2018, o cartório surgiu a partir da necessidade de um ambiente acolhedor e seguro, onde as mulheres pudessem relatar os abusos sofridos sem constrangimentos.
“Sempre chegavam mulheres na unidade que, por vergonha ou desconforto, pediam para que eu fizesse o atendimento inicial, especialmente no momento de registrar as ocorrências. O cartório foi criado para garantir que elas se sintam acolhidas e seguras, além de receberem orientação para romper o ciclo de violência”, explica a investigadora.
Além de registrar as ocorrências e tomar as providências legais, o cartório tem como objetivo principal orientar e amparar as mulheres, ajudando-as a identificar os padrões de abuso e a buscar uma vida longe da violência.
“Muitas vezes, as vítimas são convencidas a retornar ao relacionamento por um suposto arrependimento do parceiro e acabam se culpando pela violência sofrida. Nosso trabalho vai além da investigação; é sobre acolhimento e empoderamento para que essas mulheres possam se libertar do ciclo de violência doméstica”, destaca Thaína.
As vítimas de violência doméstica podem buscar ajuda comparecendo pessoalmente a uma Unidade Policial (Civil ou Militar) para registrar a ocorrência. Caso necessário, é possível solicitar medidas protetivas de urgência. Além disso, denúncias podem ser feitas pelos seguintes Disque Denúncia: 180 ou 181 e também pelo whatsApp da delegacia de Abaeté: (37) 3541-1489.
No momento da denúncia todas as informações são analisadas com seriedade e com sigilo, a fim de garantir a segurança das vítimas. A criação desse meio de atendimento personalizada mostra o compromisso da Polícia Civil com a segurança das mulheres e o trabalho de redução dos crimes.”Estamos empenhados em oferecer um atendimento de qualidade, que vá além das formalidades, priorizando a proteção, o acolhimento e a prevenção de novas violências”, finaliza Thaína.
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