Enquanto Minas Gerais enfrenta um surto de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), com mais de 29 mil internações e 438 mortes registradas em 2025 até o fim de maio, o município de Martinho Campos segue sem casos confirmados da forma mais grave dessas infecções. A informação é da secretária municipal de Saúde, Maria José, em entrevista ao Nosso Jornal.

Segundo a gestora, o Hospital Dr. Odilon de Andrade registrou cerca de 350 atendimentos por doenças respiratórias no mês de maio, sendo quatro internações por pneumonia e uma transferência por agravamento do quadro em paciente com comorbidades. “É um dado muito positivo considerando o cenário estadual. Mas seguimos em alerta”, reforça a secretária.
Maria José afirma que todos os pacientes estão sendo atendidos com os recursos disponíveis na rede municipal. Casos leves têm sido acompanhados nas unidades de saúde, enquanto os mais graves recebem internação ou são transferidos para hospitais de maior complexidade, quando necessário. “Até o momento, conseguimos prestar atendimento adequado a todos os casos registrados”, destaca.

Medidas de prevenção
Com o avanço dos casos em todo o estado, a Secretaria de Saúde reforça as orientações à população. Entre as principais medidas estão:
• Manter a vacinação em dia contra influenza e Covid-19;
• Higienizar as mãos frequentemente;
• Evitar aglomerações, especialmente em locais fechados;
• Utilizar máscara em caso de sintomas respiratórios;
• Procurar atendimento médico diante de sinais de agravamento, como febre persistente ou dificuldade para respirar.
Campanha de vacinação
Martinho Campos aplicou 3.226 doses da vacina contra a gripe até o momento, com imunização disponível em todas as unidades de saúde para pessoas a partir dos seis meses de idade. Já a vacinação contra a Covid-19 enfrenta dificuldades. “Foram aplicadas apenas 43 doses em 2025, por conta da indisponibilidade de imunizantes repassados pela Superintendência Regional de Saúde. Já fizemos os pedidos e estamos em articulação para reposição nas próximas semanas”, explica Maria José.
Alerta e conscientização
Mesmo com o município livre de casos de SRAG até agora, a secretária reforça o apelo à conscientização: “A prevenção é a melhor arma que temos contra o agravamento das doenças respiratórias. Procurem as unidades de saúde para se vacinar, fiquem atentos aos sintomas, sigam as orientações dos profissionais de saúde e cuidem uns dos outros. Unidos, conseguiremos enfrentar este momento com segurança e responsabilidade.”

O estado de Minas Gerais segue em situação de emergência, com ações coordenadas por meio do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE-SRAG). A recomendação é de atenção máxima aos sinais da doença e reforço da cobertura vacinal, considerada essencial para conter o avanço das complicações respiratórias.