A luta pela permanência da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) em Abaeté tem mobilizado toda a comunidade acadêmica e política do município. Nas últimas semanas, uma série de reuniões, manifestações e articulações institucionais fortaleceu o movimento contra os Projetos de Lei 3.738 e 3.733, que tramitam na Assembleia Legislativa e propõem a federalização parcial da universidade.
Na quinta-feira, 22 de maio, a unidade recebeu a visita do professor Dr. Túlio Lopes, presidente do ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e representante da ADUEMG (Associação dos Docentes da UEMG). Em diálogo com estudantes, professores e servidores, ele apresentou os riscos que os projetos representam para a autonomia universitária, a continuidade das atividades e o papel da UEMG nas cidades do interior. O arquivamento dos PLs foi apontado como a melhor solução.

Na segunda-feira, 26 de maio, o diretor acadêmico da unidade, Dr. Anselmo Botelho, acompanhado de professores e alunos, esteve na Câmara Municipal de Abaeté. Na tribuna, expuseram a gravidade da situação e solicitaram o apoio formal do Legislativo municipal. Os vereadores manifestaram solidariedade à causa e reforçaram o compromisso com a manutenção da UEMG em Abaeté.
O movimento conta também com o apoio do prefeito Ivanir Deladier e de diversas lideranças locais, além da adesão da comunidade em geral, que reconhece a importância da UEMG para a formação profissional, a economia e o desenvolvimento da cidade.
Na quarta-feira, 28 de maio, foi realizada uma nova reunião na unidade com a presença dos vereadores Veralúcia Galdino (presidente da Câmara), Vavá Ribeiro, Vadinho do Caminhão, Carlos da Autoescola e Jéssica Veterinária. Durante o encontro, foram definidas estratégias de mobilização nas redes sociais e articulação junto aos deputados estaduais. “Firmamos um pacto com os alunos para que usem as redes sociais como ferramenta de mobilização. Somos contra a federalização e contra o PL 3.738. Esperamos que esse projeto sequer seja pautado na Assembleia”, afirmou Veralúcia.

Também no dia 28, representantes da unidade de Abaeté participaram de assembleias e de uma manifestação pacífica em Belo Horizonte, ao lado de estudantes e professores de outras unidades da UEMG. A mobilização estadual busca pressionar o governo e os parlamentares mineiros a recuar na proposta e preservar o caráter público, estadual e gratuito da universidade.
O movimento segue ganhando força, com a união entre poder público, comunidade acadêmica e sociedade civil para garantir a continuidade da UEMG em Abaeté e em todo o estado.