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Verticalização, um caminho sem volta e as mudanças de perspectivas da população

Por Christiane Ribeiro

Até poucos anos atrás, Maria Bernadete e João Lopes viam com muita estranheza a ideia de morar em um apartamento em uma cidade pequena como Abaeté. A imagem de um lar verticalizado parecia mais adequada ao ambiente das grandes metrópoles, como Belo Horizonte, onde o casal viveu por muitos anos. Essa visão mudou a partir de outubro do ano passado, quando decidiram trocar a casa espaçosa no bairro Amazonas por um apartamento no edifício Epic, projetado pelo engenheiro Rodrigo Damasceno e pela arquiteta Bruna Rascala, no centro da cidade.

“A mudança não foi fácil”, admite Bernadete. “Deixar uma casa grande, com muita privacidade, para morar em um apartamento, trouxe um certo receio. Mas a experiência tem sido excelente. Os apartamentos aqui são práticos, grandes, bem construídos e de muito bom gosto”, elogia.  “É um apartamento por andar, com uma vista espetacular dos dois lados, muita luz natural e a segurança que a nossa idade exige”, completa.

Primeiros moradores do Edifício Epic, João e Bernadete acreditam que fizeram um bom investimento ao comprar o apartamento ainda na planta. Sobre o processo de verticalização em Abaeté, João Lopes observa que ele está crescendo, impulsionado pela busca por segurança e praticidade. “Muitas pessoas, como nós, estão voltando para Abaeté depois que se aposentam, depois que os filhos saem de casa. Alguns já tem chácaras ou fazendas na região e não sentem necessidade de morar em uma casa grande, que dá muito trabalho. O apartamento oferece conforto e menos preocupações”, reflete.

Apesar de apoiar o crescimento vertical da cidade, ele ressalta a importância de preservar o equilíbrio urbano. “Vejo o processo de verticalização como positivo, desde que não sejam construídos prédios muito altos”, pondera. 

Empreendedorismo e inovação nas construções

O Edifício Epic é, sem dúvida, o mais moderno e sofisticado de Abaeté na atualidade. A inovação é uma marca registrada do trabalho de Rodrigo e Bruna. “Sempre buscamos modernizar o processo construtivo e trazer o que há de mais novo para os empreendimentos. Não há porque fazer o beabá,  se nós podemos ir um pouquinho mais além. No edifício Epic, por exemplo, introduzimos a fachada ventilada, que oferece conforto térmico e acústico, além de infraestrutura para carros elétricos, elevador com código de acesso, churrasqueira interna  com sistema informatizado de exaustão interligado, de modo que um apartamento nunca vai incomodar o outro com fumaça”, destaca Rodrigo.

Desde que se mudou para Abaeté, em 2011, ele estima ter construído mais de 70 moradias na cidade. Rodrigo conta que iniciou sua jornada na construção de residências, incluindo muitas unidades no programa Minha Casa Minha Vida, que visava atender a população de baixa renda. 

Com o passar dos anos, diversificou seus projetos, abraçando a verticalização do mercado imobiliário. “A verticalização é uma tendência irreversível para Abaeté”, afirma o engenheiro, muito animado com seu novo empreendimento: o edifício 13 de Maio, que tem uma proposta mais compacta e funcional, também no centro de Abaeté. “A demanda por apartamentos no centro da cidade continua alta, especialmente por parte de pessoas que vêm de fora ou que buscam um ponto de apoio em Abaeté”, explica.

Assim,  impulsionada por empreendedores como Rodrigo e Bruna, a transformação urbana de Abaeté está mudando o panorama da cidade. A verticalização, que até pouco tempo era impensável em uma cidade do interior, agora se apresenta como uma resposta às novas necessidades e desejos da população local e daqueles que, como Maria Bernadete e João Lopes, buscam um novo estilo de vida.

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